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Concessionária RN

 
A proposta da nova Concessionária Rumo Norte surge da proposição de um edifício que se relacionasse com o meio externo e interno, propondo uma nova experiência do usuário e meio construído através de visuais e relações com o sujeito, automóvel e via. As possíveis dinâmicas com os principais viadutos, Av. Washington Luiz e Av. Jornalista Roberto Marinho tem destaque e surge como objeto auxiliar da arquitetura como experiência para os que passam e os que ficam. Assim, apesar do terreno estreito, esse aspecto é utilizado a favor na exploração da construção de vitrines expositivas dos automóveis através da verticalização, aproximando da via que também é elevada. A vitrine vertical demanda da implantação de rampas dentro do edifício para que se transporte os veículos para os pavimentos superiores, criando assim, um sistema viário interno de rampas que determina o fluxo de pedestres e de veículos. Do mesmo modo que se é procurado trazer novas relações do edifício com os viadutos, o projeto busca também trazer relações que vão além de uma loja, mas como uma tentativa sensível sobre a experiencia do usuário.  

O lote em questão é estreito e de geometria incomum, dificultando possiblidades de ocupações convencionais no âmbito de concessionárias. Por se tratar de um terreno de esquina, se trata de um ponto de destaque no meio da paisagem urbana. Apesar do aparente local privilegiado, o local é recortado por duas Avenidas principais em duas ocasiões diferentes: a primeira ocupa a menor fachada e está em uma cota mais baixa e a segunda ocupa a maior fachada, que está em uma cota mais elevada que a do terreno.

A segunda é atribuída como situação de grande efeito para o terreno que perde sua visibilidade para a Avenida. Nessa perspectiva o trabalho se desenvolve em uma articulação de visibilidade e verticalização do edifício.

A proposição arquitetônica surge numa tentativa de acomodar um programa complexo e de alta ocupação em que automóveis e serviços diversos como oficina, diretoria e showroom compartilham o mesmo lugar. O usuário e automóvel são aproximados numa série de expositores que aproximam tanto o meio interno como o externo, atendendo diferentes públicos e visuais dentro do seu campo de implantação. Todos os serviços são integrados através de uma rampa que permite o transporte dos veículos e pessoas para os pavimentos acima.

Enquanto meio externo, se é trabalhado a ideia da criação do showroom elevado em uma mesma cota em que a Avenida Washington Luiz. Dessa forma, a vitrine se encontra voltada para o ponto de maior circulação e visibilidade. A volumetria do edifício traz a criação de terraços externos que permitem uma disposição mais aproximada da via com o que está sendo exposto na concessionária e varia a possiblidade de disposição dos veículos.

A geometria construída busca trazer a relação entre a arquitetura e a simbologia do automóvel como elemento de velocidade, dinamicidade e ritmo. As definições volumétricas buscam resumir o que significa a marca em uma transposição arquitetônica complementadas pela materialidade de elementos industriais que remetem os materiais de um automóvel. Entre os materiais usados estão: Blocos de alvenaria, brises em chapa metálica perfurada, vidro de alta performance e outros. 

Apesar do projeto buscar atender rigorosos requisitos e necessidades exigidos pelas normativas da marca, o projeto procura criar constantemente relações arquitetônicas no âmbito estético, simbólico e empírico.


1º Prêmio
| Concurso Privado de Arquitetura para a Nova Concessionária RN - São Paulo

Local: São Paulo, SP
Ano: 2018
Área do Terreno: 2.240m²
Área do Projeto: 6.245m² 

Autores:
Daniel Corsi
Christian Michael Seegerer
Danielle Lessio
Thiago Pelakauskas

Colaboradores:
Ronielle Laurentino, Stephany Altruda


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